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Suas crenças, sobre você e o mundo

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Suas crenças, sobre você e o mundo
Muitas pessoas ao ouvirem falar sobre crenças, associam imediatamente a religiosidade, ou a crenças como lendas populares. Hoje, vamos usar esta expressão como sendo tudo o que você acredita, sobre si mesmo, sobre o outro ou sobre o mundo.
Quando nascemos, trazemos conosco questões primordiais: “quem sou eu?”, “quem são os outros?”, “o que faço nesse mundo?”. São questões que à medida que vão sendo respondidas, vão moldando a nossa personalidade e a nossa relação com os outros e com o mundo.
Se seu ambiente familiar é acolhedor, se você recebe calor e carinho, se ouve que é uma criança inteligente. As suas crenças sobre você, os outros e o mundo, provavelmente, serão de que você é uma criança importante, amada e capaz, de que os outros são confiáveis e de que o mundo é bom e generoso.
Da mesma forma, que uma criança que viveu em uma família com muitos conflitos, brigas, poucos elogios e muitas críticas. Terá provavelmente uma percepção de mundo e das pessoas baseada nestas experiências. Ou seja, de que o mundo é duro, de que ela não é amada, de que não faz nada certo, de que as outras pessoas são melhores que ela...
Este conjunto de crenças forma um filtro através do qual experimentamos a realidade. Ou seja, as experiências que teremos futuramente serão filtradas e interpretadas por este mapa de crenças que formamos quando éramos crianças.
Assim, quando adulto, muitas vezes, iremos pensar, sentir e atuar na vida, tanto no âmbito profissional como afetivo, baseado nessas experiências, mesmo que ainda que não tenhamos consciência delas. É como um mapa da nossa identidade. E não é apenas nas atitudes, mas em toda a nossa postura, olhar, gestual, na forma como nos colocamos diante das pessoas, que essas crenças estarão informando, também aos outros e ao mundo, o que nós acreditamos ser.
O mundo será seu território. Para manter este mapa, diante de uma experiência nova, usamos três mecanismos: a omissão, a generalização e a distorção.
Por exemplo: se você cresceu com a idéia de que é um fracassado. Por mais elogios que receba, ao receber a menor crítica, vai generalizar que tudo o que faz, é ruim. Que é mesmo um fracassado. Todos os elogios serão esquecidos e a crítica ganhará dimensões grandiosas. Por isso, o autoconhecimento é tão importante. Para que hoje, com a consciência do adulto, você possa selecionar o que recebeu de bom e transformar o que não deve ser mais levado em conta, nos mais diversos aspectos. Para isto comece a refletir sobre: O que você acredita sobre você? O que sua família falava sobre você e para você? E, os seus professores, chefes e superiores? É importante rever esse mapa.
Quando não temos conhecimento de nós mesmos, a tendência é repetirmos padrões de comportamento. Certamente, você conhece ou já conheceu alguém, que sempre se sentiu perseguido no trabalho. E mudava de emprego porque sempre viu no chefe, somente críticas, muito parecidas com aquelas que ouviu quando era uma criança. Ou aqueles, que vão adiante, em frente, em uma carreira bem sucedida e alegre sem muito esforço, porque desde criança, se sentiram seguros para tirar sempre o melhor de suas vivências.
Existem muitas formas de se rever e de transformar estas crenças. Nessa coluna, vamos abordar algumas delas. Ainda que você não possa fazer uma terapia, um programa mais profundo de autoconhecimento, rever a própria história é sempre um excelente exercício de reflexão.

Carla Poletti Schmidt
data: 15-10-2012
     
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